Siri, Alexa, vocês estão aí? 

2001 Uma odisseia no espaço, Mulher Nota 1000, Jornada nas Estrelas, Blade Runner, O Homem Bicentenário, Free Guy: Herói Improvável são exemplos de filmes que trazem a Inteligência Artificial (IA) como gatilho para questões que envolvem o humano e o ser humano. Muito tem se falado sobre inteligência artificial e ela está entrando em nossas casas muito rapidamente. Assim como a internet, anos atrás, a IA está aqui e precisamos nos preparar para conhecê-la melhor e decidirmos até que ponto ela fará parte de nossas vidas.  

Mas o que é inteligência artificial? IA é uma tecnologia que usa computadores que são programados para realizar tarefas que seriam mais comumente feitas por humanos. Ela imita comportamentos e pensamentos humanos. Nos filmes acima, os androides, computadores são programados para pensar e criar como se fossem cérebros humanos, ou melhor, eles imitam o humano para ir além dele, superá-los.  

A IA vem batendo a nossa porta e, muitas vezes, entra sem que percebamos: a Siri dos iPhones, a Alexa ou o Google Assistant. Você já conviveu com eles? Quem nunca respondeu a um atendente que responde a comandos pré-programados? Muito prazer, esses são alguns exemplos de inteligência artificial com os quais convivemos e nem nos damos conta de que o são.  

Nos últimos dias, uma nova inteligência tem dado muito que falar: o ChatGPT. Essa é uma ferramenta que usa inteligência artificial para gerar textos que convencem por sua semelhança a formas humanas de comunicação ao participar de conversas. Sabe aquelas caixinhas de texto que aparecem em alguns websites e nos oferecem sugestões ou serviços para maximizar o uso do site tirando dúvidas, etc.? Imagine uma caixinha como aquela que pode, não apenas responder suas perguntas, mas também escrever textos, histórias, dar conselhos e até codificar programas de computador? Imagine bater um papo existencial com essa caixinha?  

O ChatGPT tem a capacidade de falar e entender um grande número de línguas diferentes como inglês, espanhol e francês. Ele pode juntar e dar informações com base em seu próprio conteúdo e conhecimento. Sim, o futuro dos filmes já é agora. Está acontecendo. Está entrando nas escolas e pode ser benéfico em várias situações: 

O ChatGPT pode ser uma ferramenta para tirar dúvidas e ajudar nos estudos de conteúdos para seu filho. Ele pode gerar conteúdos através de textos, vídeos, áudios, imagens que podem ser utilizados por alunos e professores durante aulas. A ferramenta pode, ainda, avaliar progressos na aprendizagem e gerar testes e provas. O ChatGPT pode também facilitar a colaboração entre professores e alunos como moderador em discussões, por exemplo.  

Incrível, não é mesmo? Realmente, o futuro dos filmes de ficção científica já é presente. Na verdade, é importante lembrar que, em todos os filmes que foram mencionados no início desse bate-papo, o fator humano era sempre algo que a inteligência artificial tinha como objetivo: comunicar como o homem, pensar como o homem, criar como o homem, superar o homem. E, em todos eles, essa inteligência era arrebatada pelo fator humano mais autêntico que possuímos: 
a capacidade de sentir emoções. A capacidade única de sentir. A inteligência artificial é um grande advento da época pós-moderna, sim. No entanto, a capacidade de sentir e expressar amor, medo, raiva, empatia sempre entrou, entra e entrará em sala de aula ou em qualquer espaço onde as relações e conexões humanas são necessárias para que o desejo de ser melhor, de crescer, de mudar se façam necessários. E eles são necessários! A mudança que queremos para o planeta pode estar na tecnologia. E graças damos a ela! No entanto, a mudança começa no anseio que o homem tem a partir de seus sentimentos e emoções. Não existe programação para o que sentimos ou o que nos tornamos a partir do que sentimos e experienciamos. A inteligência artificial é programada. O homem é único. Então, podemos usufruir de grandes criações que se tornam conquistas para a humanidade, mas lembre-se: é necessário que haja equilíbrio para tudo na vida. Nem 8 nem 80. O segredo para um ecossistema saudável de aprendizagem, desenvolvimento e crescimento está no equilíbrio. Não podemos criar nossos filhos em redomas, distantes do mundo de ferramentas e inovações que bate a nossa porta, mas precisamos ser criteriosos e buscar o equilíbrio do uso dessas ferramentas com base nos nossos valores de família, nos nossos sentimentos e emoções. Afinal, a inteligência artificial pode até imitar nosso discurso de pais, mas ela não pode dar o colo, o abraço e o aconchego que damos aos nossos filhos.

Eles são como impressão digital de amor: só nós as temos.   

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