Tesouro

“Esta família é muito unida 
E também muito ouriçada 
Brigam por qualquer razão 
Mas acabam pedindo perdão 

Pirraça pai! 
Pirraça mãe! 
Pirraça filha! 
Eu também sou da família 
Eu também quero pirraçar” 

Quem não se lembra da música que ficou imortalizada na abertura do seriado “A grande Família”?  

É muito importante falar: toda família é grande. Não importa o número de membros que possua, ou sua formação. Toda família é grande. Grande em oportuniddaes de crescimento e partilha. Nela aprendemos as leis e normas da sociedade. Através da convivência familiar, sabemos o que queremos e o que não queremos para nós e para nosso futuro. A família é a nossa primeira célula e, assim como nosso corpo é feito de células, assim caminha e se forma a nossa sociedade.  

A família mudou muito ao longo da história e passou a ter diversos perfis: a família de origem, formada por pais e filhos, e a extensa, formada pelos demais parentes. Família monoparental, formada por pais e mães solteiros, que assumem as responsabilidades pela educação das crianças sozinhos; família homoparental, quando os progenitores compartilham o mesmo sexo; a numerosa, com mais de três filhos. Há ainda as famílias adotivas e anfitriãs, cuja principal diferença entre si é o tempo em que as crianças ficarão nessa família. No caso da adotiva, as crianças ficam permanentemente. Não podemos esquecer as famílias sem filhos. Um casal de adultos sem filhos também forma uma família. Por fim, a família reconstituída. Fazendo menção ao famoso filme: os meus, os seus, os nossos, quando há uma nova relação conjugal na família, trazendo, ou não, filhos de uma relação anterior. 

Bem, a família está carregada de DNA de diversidade, flexibilidade e aprendizagem. No seio familiar, aprendemos a respeitar as diferenças, aprender com elas. Aprendemos que devemos nos adaptar a situações diferentes porque essa adaptação poderá resultar em uma convivência mais saudável e harmoniosa para todos. Também aprendemos que somos únicos e fazemos a diferença também na nossa família. Aliás, a diferença que precisamos ver no planeta, começa nela. Aprender pode ser um verbo que se conjuga em família, diariamente, quando seus membros estão atentos à escuta empática e respeitosa sobre cada ser que a constitui. Tais tarefas não são fáceis e, assim como tantos outros hábitos em família, são transmitidas de pais para filhos.  

Celebrar a família em um dia especial é reservar um tempo para enaltecer quem amamos e demonstrar gratidão pelo que somos e nos tornamos. Um dia para celebrar a família é um lembrete de todos os valores que nos forjam e que devem ser lembrados e honrados diariamente. Como versa bem Ana Vilela, celebrar a família diariamente é: 

É saber se sentir infinito 

Num universo tão vasto e bonito, é saber sonhar 

Então fazer valer a pena 

Cada verso daquele poema sobre acreditar 

Acreditar em si mesmo, lutar, viver e aprender sobre resiliência e perseverança. Ter confiança de quem se é e saber que há um caminho a ser construído. Amar. Amar apesar das diferenças e amá-las! Amar com as diferenças e apreciá-las. Amar gratuitamente porque há a gratidão de ser dentro de um seio que acalenta, muito desafia e, nesse movimento em conjunto, nos ajuda na nossa construção enquanto sujeito protagonista de nossa própria vida.  

Afinal, nessa vida imensa, o que importa  

Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si 

É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti 

É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz 

É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós 

Toda família é grande, sim. É essa chuva de vida que cai sobre nós.  

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