DIY – Do it yourself

Lembre-se de algum momento da sua vida em que você pensou em fazer algo e vivenciou todas as etapas dessa produção. Pode ser qualquer coisa! Você teve a ideia, planejou, elaborou o processo de construção, errou, aprendeu com o erro, buscou uma forma diferente para resolver o problema até que conseguiu fazer o que queria. Você olha pra sua produção. Ahhhhhhhhhhh! Que sensação maravilhosa, não é mesmo? 

O ser humano tem, em suas veias, o desejo de criar. É inato e faz parte do nosso DNA. Transformar ideias em algo concreto nos dá uma sensação de dever cumprido e objetivo alcançado. Essa sensação alimenta em nós o desejo de construir mais, porque toda construção é ativa e se movimenta com cérebro, corpo e espírito. Ao realizar algo, entramos em contato com emoções positivas e negativas que precisam ser reguladas para que a construção seja finalizada. Precisamos aprender a lidar com frustrações, praticar a resiliência diante do erro e saborear a vitória do acerto. Ao construirmos algo, desenvolvemos habilidades cognitivas e de aprendizagem que são essenciais para nossa vida. Ao trabalharmos em grupo na produção de algo, precisamos aprender a comunicar, ouvir ativamente, colaborar. Se trabalharmos sozinhos, precisamos buscar em nós mesmos a motivação para seguir e finalizar o que nos propusemos fazer.  

O movimento maker contempla o desenvolvimento de todas essas habilidades. Muito associado ao ensino de ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática, ele aposta suas fichas em aprendizagem por projetos e na habilidade de resolver problemas que todos nós temos. O movimento maker acredita em atividades colaborativas de “mãos na massa” com foco em problemas atuais e reais. É o aprender fazendo.  

A cultura maker na escola traz muitos benefícios para o aprendente: 

  • Aprendizagem que fica – o que a gente aprende fazendo, dificilmente a gente esquece. É como aprender a andar de bicicleta. Você pode passar um tempo sem exercer a atividade, mas quando você volta a fazê-la, você desenferruja rapidinho, não é mesmo? Pois bem, o movimento maker proporciona aprendizagem que fica. 
  • Desenvolvimento das habilidades essenciais no século 21 – o movimento maker traz atividades que ajudam no desenvolvimento das habilidades para a resolução de problemas, pensamento crítico, colaboração e criatividade. 
  • Inspira criatividade e inovação – as atividades encorajam inovação e o pensar criativo para a criação e resolução de problemas 
  • Estimula o “Growth Mindset” – a mentalidade de crescimento (growth mindset) engloba a forma como você encara desafios e problemas. O movimento maker traz a resolução de problemas e reforça a importância de que, mesmo diante de dificuldades para realizar uma tarefa, sem ter certas habilidades específicas, você pode desenvolver e aprender. Eles aprendem que o esforço e o uso das estratégias corretas podem ajudar e isso aumenta sua autoestima e os faz tentar mais.  
  • It’s fun! – Aprender se torna divertido porque a teoria e a prática caminham de mãos dadas no movimento. O cérebro é estimulado e a aprendizagem se torna significativa.  

Todos nós somos “makers”! Usamos criatividade, transformamos uma ideia em realidade. Quando concertamos uma bicicleta, bordamos, fazemos trabalhos manuais, estamos exercendo o nosso lado “maker”. Então, quando nossos filhos criam um robô ou designs para camisetas em uma campanha contra bullying, por exemplo, eles estão vivenciando a cultura maker. Fazendo, eles mesmos, algo para si e para a comunidade. Acredite que todos nós podemos e fazemos. DIY – Faça você mesmo é uma realidade muito positiva nas escolas e nas nossas vidas.  

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